Flamengo: Olivinha, o "Deus da Raça" do Garrafão - A História do Maior Campeão da História do NBB

 No futebol, a raça tem seus deuses. No basquete, ela tem um nome, um rosto e um número: Olivinha, a eterna camisa 16. Por mais de uma década, um ala-pivô incansável, com mais coração do que altura para a posição, personificou como ninguém o espírito do Flamengo em quadra. Ele não era o mais plástico, nem o de maior impulsão, mas sua entrega sobre-humana, sua fome por cada rebote e seu amor incondicional pelo Manto o transformaram no "Deus da Raça" do garrafão. Esta é a história do maior campeão da história do NBB e, para muitos, o maior ídolo do Orgulho da Nação.

O MVP que Chegou para Fazer História

Antes de se tornar uma lenda na Gávea, Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento, o Olivinha, já era uma estrela do basquete nacional. Após se destacar em clubes do Rio, foi no Pinheiros que ele atingiu o topo, sendo eleito MVP (Jogador Mais Valioso) da temporada 2011/12 do NBB. Em 2012, o Flamengo o contratou, trazendo para casa não apenas o melhor jogador do país, mas o homem que se tornaria o pilar da maior dinastia da história da liga.



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A Personificação da Raça: O Rei dos Rebotes

O estilo de jogo de Olivinha era a mais pura tradução do que a Nação Rubro-Negra ama ver em seus atletas. Sua técnica apurada no garrafão e seu bom arremesso de média distância eram importantes, mas o que o tornou um deus foi sua entrega:

  • Raça Inesgotável: Ele se jogava em todas as bolas, brigava por cada posse como se fosse a última e contagiava companheiros e torcida com sua energia.

  • O Rei dos Rebotes: Com um senso de posicionamento genial, ele se tornou o maior reboteiro da história do NBB. Sua especialidade era o rebote ofensivo, a jogada que desmoraliza o adversário e dá uma segunda chance ao ataque.

Esse espírito de luta incansável rapidamente lhe rendeu o apelido que o eternizou: "Deus da Raça", uma honraria que o coloca no mesmo patamar de ídolos históricos do futebol como Rondinelli.

Uma Década de Glória: A Dinastia em Vermelho e Preto

Por dez anos, Olivinha foi o coração e a alma de um time que dominou o Brasil e a América. Sua coleção de títulos é uma das mais impressionantes da história do clube, em qualquer modalidade:

  • Campeão do Mundo (Copa Intercontinental): 2 vezes (2014 e 2022)

  • Campeão da Champions League das Américas / Liga das Américas: 2 vezes

  • Campeão do NBB: 6 vezes (tornando-se o maior vencedor da história da liga)

  • Campeão da Copa Super 8: 2 vezes

Ele foi o fio condutor, a presença constante em todas as grandes conquistas da era de ouro do FlaBasquete.

O Legado Imortal: A Camisa 16 no Teto do Templo

Ao final da temporada 2022/23, Olivinha anunciou sua aposentadoria, encerrando uma das mais gloriosas trajetórias de um atleta pelo clube. O reconhecimento veio na forma da maior honraria possível: em uma cerimônia emocionante, o Flamengo aposentou a camisa 16, que hoje está pendurada no teto do Maracanãzinho, eternizada ao lado dos grandes mantos da nossa história.

O legado de Olivinha é o da lealdade, da longevidade e da raça. Ele é a prova de que, para ser um ídolo imortal no Flamengo, a técnica é bem-vinda, mas o coração é indispensável.


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