Top 10 Artilheiros do Flamengo (2/10): Dida, o Príncipe Alagoano e Ídolo do Rei

 Antes do reinado absoluto de Zico, o trono da artilharia do Flamengo pertenceu, por muito tempo, a um gênio silencioso, um príncipe alagoano de futebol elegante e mortalmente eficiente. Edvaldo Alves de Santa Rosa, o eterno Dida, não foi apenas um dos maiores jogadores de sua era; ele foi o grande artilheiro do clube por décadas e, de forma poética, o ídolo de infância do homem que viria a superá-lo. Com sua técnica refinada e uma coleção impressionante de gols, Dida ocupa o segundo lugar em nossa lista, um gigante que serviu de ponte entre duas gerações de ouro.



O Príncipe do Gol: 264 Gols de Pura Classe

Por muitos anos, o número a ser batido na Gávea era o de Dida: 264 gols com o Manto Sagrado. Uma marca espetacular, construída ao longo de uma década de dedicação ao clube, entre 1954 e 1964. Dida era um meia-atacante clássico, um jogador que não se impunha pela força, mas pela inteligência e pela técnica. Seus gols eram fruto de um posicionamento perfeito, de uma finalização cirúrgica e de uma classe que o permitia fazer o difícil parecer fácil.

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O Herói de uma Geração e a Inspiração de Zico

Dida foi a grande estrela do Flamengo em um período de transição, liderando o time na conquista de títulos importantes como o Torneio Rio-São Paulo de 1961 e o Campeonato Carioca de 1963. Mas seu maior legado, talvez, tenha sido imaterial. Foi ele o jogador que o pequeno Zico ia ao Maracanã para ver, o ídolo que o inspirou a ser o camisa 10, o artilheiro, o craque que um dia ele se tornaria.

Campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1958, Dida era a referência de excelência para toda uma geração de rubro-negros. Sua marca de 264 gols permaneceu no topo por muito tempo, um testamento de sua grandeza e um alvo que apenas um Rei, seu maior fã, seria capaz de superar.

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